segunda-feira, 26 de outubro de 2015

O Poder das Vestes

Eu considero saber se vestir uma arte. Entender a dinâmica das roupas em seu corpo. Saber como tirar maior proveito de uma peça, para que ela te deixe mais alongada ou mais curvilínea ou mais iluminada. Mas vestir-se é muito mais!

Roupas não são apenas tecidos para cobrir o corpo e sim o poder fluido, colorido, taciturno, inebriante, verdadeiro, capaz de chamar atenção para si e tirar toda a prudencia do outro. 

Roupas são capazes de influenciar o julgamento de uma pessoa. Condenar a capacidade intelectual emoldurada por belas cuvas e estonteantes decotes, ou enaltecer mentes sem caráter, cobertos por bem cortados ternos.

Roupas camuflam imperfeições, mas não são capazes ocultar os traços da personalidade. Muito pelo contrário, realçam cada pensamento, cada desejo. 

A cor na boca mostra o desejo de falar ou calar. A altura do salto mostra seu desejo de estar por cima, da situação, da informação ou mesmo da sua própria vida.  O comprimento das suas veste mostra que quer colocar para fora algo que seu interior não quer mais, uma tristeza, uma insegurança, um desejo. Ou contrariamente, não quer expor seu interior e por isto mostra seu exterior. 

O colorido das roupas mostra o quanto é alegre, ou gostaria de ser. O negro das vestes revela o quanto decidida sobre seus atos é, o quanto irredutivelmente obscura é sua personalidade.

Se sou o que me alimento, me visto como sou. No entanto, inconscientemente, faço da minha indumentária, minha armadilha, da minha veste, armadura!  Ao pensar que me escondo, me exponho ainda mais, espelhando minha imagem, externando minha essência.

Vista-se de você mesma! Vista sua essência! Redescubra-se e cubra-se com autenticidade e veracidade.

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Texto Mara Débora

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